18 de abril de 2011

ESTAMOS COM FOME DE AMOR!!!

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: 'Digam o que disserem,
o mal do século é a solidão'. Pretensiosamente digo que assino embaixo
sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara
todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e
transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem
sozinhas.

Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram
sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos
'personal dance', incrível. E não é só sexo não, se fosse, era
resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem
necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta
olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão
'apenas' dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos
nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar
a 'sentir', só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão
distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos
ORKUT, o número que comunidades como: 'Quero um amor pra vida toda!',
'Eu sou pra casar!' Até a desesperançada 'Nasci pra ser
sozinho!'

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de
rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia
mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas
pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é
preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé,
brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer
ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague
mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou
mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora
não volta.

Mas (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua,
talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um
sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um
problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê
pensar nele.

Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de
sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá
é continuarmos achando que viver é 'out', que o vento não pode
desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém:
'vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem
sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo,
tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida'.

Antes idiota que infeliz!

Arnaldo Jabor

É...de fato ando me sentindo uma idiota...rsrs, com a cabeça perdida, com o coração em saltos!
Ando ansiosa e tranquila ao mesmo tempo, com saudades sem precisar ter.
Tenho as sensação de que ganhei na loteria e o prêmio é de um valor inestimável...
Incrivél como a gente pode ser rico e não se dar conta disso, ter a sorte de encontrar alguém que te faz ter a certeza que caminhar com os pés no chão, é melhor que ficar flutuando em fantasias.
Viver de ilusões...não mais, eu quero a realidade do dia-a-dia, quero construir o meu castelo com as pedras que aparecem no meu caminho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.